No entardecer do dia 26 de maio, um incidente envolvendo o jovem soldado Guilherme de Abreu Carvalho, de 19 anos, gerou grande repercussão. Sob influência de álcool, Guilherme se lançou na frente de um carro, sendo atropelado. A motorista, a advogada Camila Dalcol da Silva, prontamente acionou o corpo de bombeiros e a polícia. O militar foi levado ao pronto atendimento do Patronato, mas, ainda sob efeito da bebida, conseguiu deixar o local antes de receber os cuidados necessários.
Após evadir-se, Guilherme dirigiu-se à Base Administrativa da Guarnição de Santa Maria, onde cometeu infrações graves, conforme estipulado no Regulamento Disciplinar do Exército. Além de danificar o parabrisa do carro Toyota, o soldado foi responsabilizado por arcar com os custos dos danos causados pelo atropelamento.
A situação se tornou ainda mais complexa quando a assessoria jurídica da 6ª Brigada de Infantaria Blindada Brigada Niederauer, sob a ordem do coronel Everton Conceição Soares, decidiu abrir uma sindicância para investigar as ações do soldado Carvalho. O jovem rapidamente ganhou o infame apelido de "Superman", pois, surpreendentemente, não apresentou ferimentos após o atropelamento. No entanto, essa fama gerou um ambiente hostil entre seus colegas, resultando em bullying e piadas que mancharam sua reputação dentro da corporação.
Guilherme tornou-se o alvo de críticas severas, rotulado como uma desonra para o Exército. As promessas de que não teria mais espaço nas fileiras militares ecoavam em sua mente. Diante das repercussões de suas ações, ele se viu sem alternativas para reparar os danos que causara, restando-lhe apenas aceitar e enfrentar as consequências de suas escolhas.
Após esses eventos, o jovem se encontrou em um profundo desespero, confrontando a dura realidade de um mundo repleto de injustiças e desafios.